Quanto mais ouço “Let the Blind...” menos percebo o que tem Bradford Cox – criador do projecto Atlas Sound – de tão especial que justifique todos os elogios recebidos recentemente. O disco é um mero exercício de investigação, que é bem mais exploratório do que experimental. Avançando pela electrónica de guitarras pós-rock, as ideias vão-nos passando pelos ouvidos, sussurrantes e tímidas, faixa atrás de faixa, e só tomam forma por duas ou três vezes em Cold as Ice, Scraping Past e Ativan – esta última, valha a verdade, muito boa. Cox faz um research sonoro vasto, o problema é que isso não basta – é preciso resultados, e este “Let the Blind...” escava muito mas encontra pouco.
(*) - Texto publicado na Revista Blitz (Capa de Abril de 2008)
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