November 08, 2006

E com três menininhas apenas se escreve a palavra POP

A palavra pop é hoje usada para os mais amplos conceitos. São dezenas as fronteiras que rompe e os territórios que abraça dentro da música actual (e não só): rock-pop, indie-pop, pop electrónico, pop sinfónico, teen-pop, punk-pop… e podíamos continuar por mais umas linhas de texto. É, contudo, muito raro encontrar algo que, sem grandes explicações e apenas com música, nos leve à essência da palavra, a Pop de P maiúsculo. E é aqui que entram as Pipettes. Três meninas Inglesas resolveram mostrar-nos o que ela é. Disse mostrar porque é disso mesmo que se trata, uma exposição, a Pop não se explica, ela existe e só pede que alguém a alcance. E como, então, o fizeram? Fizeram-no voltando uns anos atrás, aos vestidos polka-dot, aos óculos angulares e penteados dos 60s. Fizeram-no regressando, portanto, à sua origem, ao seu despertar. Fizeram-no com 15 canções de puro hedonismo. Fizeram-no com letras superficiais, claro está, como qualquer boa Pop que se preze: “dance with me baby boy tonight, dance with me and we’ll be alright” ou “We are the Pipettes and we've got no regrets, if you haven't noticed yet we're the prettiest girls you've ever met”. Fizeram-no lançando a canção Pop do ano, Pull Shapes, sem mais discussão possível. Fizeram-no da forma que se ouve, sem perfeições, nem ambições, nem intenções.

O verdadeiro significado está no álbum “We are the Pipettes”, e não há dicionário, crítico, ou historiador musical que nos consiga fazer ver a Pop como aqui.

1 comment:

Unknown said...

É um disco giro que ainda não tenho. Sinceramente não sei se o comprarei. O único registo que tenho é numa compilação, o tema "Your kisses are wasted on me" que é delicioso :)

Hugzz!