April 23, 2007

Confúcio e outras coisas mais

Apenas uma pequena relíquia para ilustrar o post...



Depois da mudança de sexo do/a Blitz, seguida do desaparecimento do excelente UM e dos recentes issues com o próprio nome que o suplemento do Público Y / Ípsilon teve, o que é que ficava a faltar? Que acontecesse alguma coisa ao 6ª, do DN. Faltava mas deixou de faltar há 2 semanas atrás, com o fim do suplemento graças à nova direcção do jornal.

May you live in interesting times, diz-nos a tradução inglesa de um famoso provérbio chinês. Mas estes não são tempos assim no que diz respeito à análise, crítica ou simples escrita musical (pelo menos no formato “tradicional”). Especialmente se os compararmos com a ebulição que se fazia sentir (ou vamos, que pelo menos eu sentia) com, por exemplo, o Blitz dos 90’s.

A corrida para o ir buscar quando saía, ler sobre o que é que se escrevia naquela semana, ver a troca de “galhardetes” em que os leitores normalmente transformavam o espaço que lhes estava reservado, tornando-se assim parte integrante da força viva que era o jornal... Em suma, interesting times – mesmo descontando qualquer distorção nostálgica que possa advir de escrever sobre memórias juvenis. Nada que se possa dizer quando se olha para o panorama do jornalismo musical actual, se assim lhe podemos chamar.

Mas descansemos e não nos preocupemos: ficamos a saber, através de um comunicado da nova direcção do DN, imposta pelo grupo que o detém, que ao fim do 6ª não equivale o fim dos seus conteúdos, já que estes irão ser “distribuídos pelo jornal nos restantes dias”... Yeah, right.

No entanto, se há algo de verdadeiramente bom que esta era de massificação e globalização da informação nos trouxe é a oportunidade que temos, todos os que o desejarem, de ler o que nos têm a dizer Pedro Gonçalves ou Jorge Manuel Lopes, só para dar um exemplo do que está disponível por essa blogosfera fora. É preciso saber procurar, e onde procurar, mas as oportunidades estão lá, e qualquer um (tanto de um “lado” como do outro, se olharmos para isto com uma visão economicista de oferta e procura) pode ter a bonança de a encontrar. Como, por exemplo, aconteceu com este fellow blogger...

May you live in interesting times. Mas cada vez mais cabe-nos a nós mesmos fazer por isso.

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